A Ressonância Nuclear Magnética (RNM) é um exame de imagem que utiliza ondas eletromagnéticas para obter imagens detalhadas dos tecidos moles do corpo e tem papel importante no diagnóstico e estadiamento do câncer de próstata.
Trata-se de exame mais específico que o PSA, isto é, havendo alterações na ressonância é provável que o diagnóstico seja maligno.
O radiologista que analisa as imagens do exame, classifica os achados em cinco categorias:
- PIRADS I: muito baixa probabilidade de de câncer
- PIRADS II: baixa probabilidade de câncer
- PIRADS III: indeterminado
- PIRADS IV: alta probabilidade de câncer
- PIRADS V: muito alta probabilidade de câncer
PIRADS I e II sugerem quadros benignos como aumento de próstata e inflamação da próstata, não havendo necessidade de prosseguir a investigação.
O exame permite evitar biópsias desnecessárias. Além disso, sendo necessário realizar a biópsia, a ressonância multiparamétrica possibilita identificar a localização precisa do tumor, o que permite ao médico coletar amostras de tecido deste local, bem como avaliar se há invasão de estruturas vizinhas.
Mas um estudo recente da Universidade da Califórnia têm questionado a acurácia do exame.
Subestimação
Os pesquisadores avaliaram 441 pacientes que realizaram ressonância da próstata para biópsia ou estadiamento de câncer de próstata e que foram submetidos a cirurgia para tratamento do tumor (prostatectomia radical).
As imagens foram, então, comparadas às peças cirúrgicas. Em todos os casos a ressonância magnética subestimou o tamanho do tumor.
Estadiamento
É importante ressaltar que o tamanho do tumor tem relação direta com grau de agressividade da doença e risco de invasão de estruturas vizinhas e mesmo à distância (metástase).
Portanto, a subestimação do tamanho do tumor pode levar a subestadiamento e escolha inadequada da forma de tratamento do câncer.
Planejamento operatório
Esses aspectos devem ser levados em consideração pelo cirurgião no planejamento operatório do câncer de próstata.
Apesar da precisão da cirurgia robótica, além das imagens da ressonância o urologista deve considerar aspectos intra-operatórios como aderência importante da próstata a tecidos adjacentes a fim de evitar falhas na remoção completa do tumor.
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Fonte: Alert Online
