O exame de PSA alterado não significa necessariamente câncer de próstata.
Outras doenças também podem provocar alteração deste exame. Solicitamos, então, ressonância magnética multiparamétrica da próstata, que pode mostrar nódulos suspeitos de câncer.
Para definição do diagnóstico, realiza-se biópsia de próstata. Trata-se de um exame realizado sob sedação, isto é, o paciente dorme profundamente, em que utilizamos um aparelho de ultrassom posicionado no reto ou no períneo do paciente, para guiar coleta de fragmentos da próstata, que são posteriormente avaliados pelo patologista ao microscópio.
No entanto, há uma grande limitação do exame, pois o ultrassom não permite identificar a lesão suspeita de câncer; permite apenas identificação das regiões da próstata, das quais coletamos os fragmentos para análise.
Justamente para solucionar essa questão, surgiu a biópsia por fusão de imagem.
Este artigo do Dr. Luiz Takano explica como essa técnica funciona, bem como suas vantagens sobre o exame convencional.
A biópsia por fusão de imagens é um procedimento diagnóstico que une informações da ressonância magnética multiparamétrica com imagens de ultrassom em tempo real.
Isso permite ao urologista visualizar as regiões da próstata e os nódulos suspeitos de abrigar células cancerígenas, direcionando a coleta de fragmentos de todas as áreas da próstata e fragmentos adicionais dos nódulos suspeitos.
A biópsia adicional dos pontos identificados pela ressonância, aumenta a precisão do exame e, por conseguinte, a taxa de detecção de tumores.
A ressonância da próstata examina aspectos como concentração de células, fluxo de sangue e movimento de água nos tecidos.
Os achados recebem uma pontuação pelo sistema PI-RADS que vai de 1 a 5, que indicam a probabilidade de câncer.
As áreas são registradas, formando um mapa tridimensional da próstata que guiará a biópsia com precisão.
Durante a biópsia, o ultrassom fornece imagens em tempo real da próstata, mas não permite identificação dos nódulos suspeitos.
Um software sobrepõe as imagens da ressonância previamente adquiridas com as do ultrassom, criando uma espécie de mapa para o médico.
Essa navegação guiada reduz a necessidade de novas biópsias por resultados falso-negativos.
Veja também: Principais exames para diagnosticar o câncer de próstata
Antes do procedimento, o paciente realiza uma ressonância magnética multiparamétrica da próstata que gera um mapa do órgão.
No dia da biópsia, esse mapa é importado para o sistema que registra e sincroniza as imagens com o ultrassom em tempo real.
O urologista visualiza as imagens na tela, permitindo coletar amostras adicionais de tecido das áreas suspeitas. .
O preparo para a biópsia de próstata por fusão inclui jejum e uso de antibióticos profiláticos para prevenir infecções.
O procedimento costuma durar entre 20 e 40 minutos, dependendo do número de fragmentos necessários.
A maioria dos pacientes relata desconforto mínimo e pode retornar às atividades rotineiras no dia seguinte, respeitando orientações médicas.
Pode ocorrer sangramento na urina, sêmen e fezes por 1-2 semanas após o procedimento.
O estudo MRI/Ultrasound Fusion Biopsy Versus Standard 12-Core Biopsy demonstrou que biópsias por fusão detectam até 30% mais tumores em comparação com a biópsia convencional, especialmente em casos de lesões anteriores (na parte “de cima”) da próstata.
Ao optar pela biópsia de próstata por fusão ou pela biópsia tradicional, é natural o paciente ficar em dúvida em relação aos dois métodos.
A principal diferença entre eles está na forma como os fragmentos são coletados.
A biópsia convencional utiliza apenas o ultrassom, que não permite identificação dos nódulos suspeitos de abrigar células cancerígenas.
A biópsia por fusão sobrepõe, em tempo real, as imagens da ressonância magnética ao ultrassom, permitindo ao radiologista visualizar as lesões suspeitas.
Entre as características da biópsia convencional, destacam-se:
As principais características da biópsia por fusão são:
Inovações tecnológicas como a cirurgia robótica ampliaram as possibilidades de tratamento com menor impacto ao paciente.
A integração entre sistemas de imagem avançada e plataformas robóticas permite ao cirurgião operar com visualização tridimensional e instrumentos articulados de alta precisão.
A precisão milimétrica da cirurgia robótica resulta em menor sangramento, recuperação mais rápida, internação hospitalar reduzida e retorno mais rápido às atividades.
A biópsia de próstata por fusão é um avanço no diagnóstico do câncer prostático. Essa técnica reduz falsos-negativos, minimiza biópsias repetidas e oferece segurança ao paciente.
Quando integrada a outras tecnologias como a cirurgia robótica, compõe um arsenal terapêutico completo e minimamente invasivo.
Para avaliar se a biópsia de próstata por fusão é indicada para o seu caso, agende uma consulta com o Dr. Luiz Takano, especialista em cirurgia robótica e técnicas minimamente invasivas.